O que aprendemos em Austin e o que esperar da reta final da Fórmula 1 2025
O GP dos Estados Unidos marcou um ponto de virada na temporada 2025 da Fórmula 1. Max Verstappen, que parecia apagado na primeira metade do ano, ressurgiu em Austin com a frieza e a precisão que o consagraram multicampeão. A vitória foi sua quinta na temporada e a terceira nas últimas quatro corridas consolidando uma arrancada que ameaça o domínio da McLaren.
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Oscar Piastri, ainda líder do campeonato, viveu um domingo difícil. Mesmo com recuperação, terminou em quinto lugar, sem conseguir conter o avanço de Verstappen e Lando Norris, que completou o pódio em segundo e vem mostrando maturidade e agressividade cada vez maiores.
Com 40 pontos separando Verstappen de Piastri e Norris apenas 14 atrás do companheiro, a disputa assume um novo contorno: três pilotos com chances reais de título e duas equipes sob tensão.
O que aprendemos em Austin
Verstappen voltou a ser Verstappen.
O holandês reencontrou o ritmo que parecia perdido no início do ano. Gerenciou pneus com frieza, ditou o ritmo da prova e soube atacar e se defender com o controle que o tornou um dos grandes da era moderna. A Red Bull, que parecia em declínio técnico, mostrou evolução e voltou a oferecer um carro competitivo em ritmo de corrida.
A McLaren sentiu o peso da liderança.
A equipe que começou 2025 como a grande força do grid agora enfrenta seu maior desafio: administrar uma guerra interna. Norris e Piastri estão separados por poucos pontos e, mais do que nunca, correm um contra o outro. A gestão emocional de Andrea Stella será decisiva para manter o foco e evitar que o título escape por tensão dentro da garagem laranja.
O que esperar das próximas corridas
Com cinco etapas restantes México, São Paulo, Las Vegas, Catar e Abu Dhabi o campeonato entra em território psicológico. A partir de agora, cada erro pesa, cada decisão de estratégia conta e a consistência vale mais do que a velocidade pura.
A Red Bull tem motivos para sonhar: o RB21B voltou a mostrar força em ritmo de corrida, e Verstappen está em modo “caçador” o estado mental em que costuma ser implacável. Se continuar nessa toada, a diferença para Piastri pode desaparecer antes da última etapa.
A McLaren precisa reagir rápido. Piastri ainda lidera, mas demonstra nervosismo sob pressão, enquanto Norris cresce e começa a desafiar a hierarquia interna. Se a equipe não souber equilibrar os egos e as estratégias, corre o risco de perder o campeonato nos bastidores antes mesmo de perder na pista.
O cenário é claro:
- Verstappen é o predador que voltou a sentir o cheiro de sangue.
- Piastri é o líder que precisa provar que sabe apanhar sem desabar.
- Norris é o talento que finalmente acredita poder ser campeão.