Damián Bobadilla, do São Paulo, esclarece situação após acusação
Volante do São Paulo presta depoimento sobre acusação de xenofobia

O volante Damián Bobadilla, atleta do São Paulo Futebol Clube, teve um dia movimentado ao prestar depoimento à Polícia Civil de São Paulo após uma acusação de xenofobia feita por Miguel Navarro, jogador do Talleres. O incidente ocorreu durante o confronto entre as duas equipes válido pela Conmebol Libertadores, realizado em 27 de maio.
O depoimento de Bobadilla teve a duração de aproximadamente uma hora e meia, sendo que a sua chegada estava programada para as 15h, mas o jogador se adiantou e compareceu à delegacia por volta das 14h20. Cerca das 16h, deixou as instalações acompanhado de seu advogado, Pedro Iokoi, sem fazer declarações à imprensa presente no local.
A acusação contra o volante são-paulino é de tê-lo chamado de "venezuelano morto de fome" durante o embate esportivo. Antes de prestar depoimento, Bobadilla buscou se retratar, conversando por telefone com Navarro na tentativa de oferecer desculpas, considerando insuficiente a retratação realizada previamente em suas redes sociais.
Em um vídeo divulgado logo após o incidente, Bobadilla pediu perdão por sua atitude xenofóbica, embora tenha afirmado ter sido provocado durante um momento de confusão acalorada. As consequências desse episódio podem ser severas, uma vez que o jogador corre risco de suspensão em competições sob a jurisdição da Conmebol, além de estar sujeito às penalidades previstas pela legislação brasileira, que caracteriza casos de xenofobia como crimes de racismo, passíveis de uma condenação com pena de dois a cinco anos de reclusão.